Líderes religiosos angolanos concordam com o projeto da unificação das Igrejas




O presidente da comissão instaladora da Igreja de Coligação Cristã de Angola (ICCA), reverendo Antunes Huambo, afirmou hoje, terça-feira 28/07, nesta cidade, que os líderes das mil e 200 Igrejas e seitas ilegais no país estão a receber, com grande satisfação, o projecto da unificação, rumo à única Igreja Nacional. 

                        Ao falar à imprensa, no termo da sua visita ao Namibe, no quadro da tomada de posse dos membros da comissão instaladora da futura plataforma, a nível do Namibe, o líder religioso assegurou que o Ministério da Justiça e Direitos Humanos os credenciou para, no prazo de 18 meses, puderem unificar as referidas confissões religiosas e constituir-se numa única igreja. 

                     Fez saber que, até os fiéis da seita “Luz do Mundo”, Kalupeteca”, também manifestam o seu interesse em integrar esta única plataforma nacional.


                    Afirmou que todos os líderes das diferentes seitas religiosas reconhecem que não iriam conseguir recolher as 100 mil assinaturas, à luz da actual lei nº 2/04,de 21 de Maio.
De acordo com Antunes Huambo, com a referida lei, o Estado angolano não reconheceu nenhuma Igreja, razão pela qual a mesma vai ser revogada, através de um projecto que está em estudo e a sociedade civil é chamada a dar o seu contributo. 


                 “De facto, é uma lei que não se enquadra do ponto de vista sociológico, antropólogo, histórico e realista do nosso povo. E se as mil e 200 Igrejas e seitas se unirem, numa única igreja nacional, as autoridades competentes não irão ter dificuldades em legalizá-la, porque todos estarão agrupados numa única instituição religiosa”, avançou o prelado. 


                Salientou que a doutrina na única igreja nacional vai assentar em valores e na diversidade, no respeito pela diferença, respeitando os princípios bíblicos e teológicos das Sagradas Escrituras e da Constituição da República de Angola. Segundo o líder religioso, até ao momento nota-se uma desordem generalizada, tendo referido que até Igrejas, as reconhecidas pelo Estado angolano, estão a dar cobertura a seitas ilegais.  


             “Temos vindo a constatar que alguns conselhos eclesiásticos estão a esconder igrejas e seitas ilegais”, enfatizou. 


               Na opinião do Reverendo Antunes Huambo, a proliferação de seitas em Angola já é uma ameaça à segurança nacional, e estão a empobrecer a economia das famílias e desvirtuar a matriz da identidade cultural angolana. 


               Apontou o dia 13 de Setembro como a data da realização do congresso da sua plataforma, para a constituição da direcção da única Igreja nacional, que formalmente vai extinguir a proliferação de Igrejas e seitas no país. 


             Nesse congresso, segundo Antunes Huambo, vai ser eleita a direcção nacional da coligação. “Eu, Antunes Huambo, poderei ser um dos candidatos, mas estou pronto para aceitar que outros candidatos possam assumir a liderança dessa única plataforma, desde que respeitem os valores assentes na unidade, na diversidade, e o respeito pela diferença “, vaticinou.


             Com vista à uniformização doutrinária da Igreja, Antunes Huambo anunciou, momentos após o congresso, a formação bíblica teológica dos ex-pastores presidentes das diferentes seitas, em matéria de administração eclesiástica, com vista a uniformizá-los às liturgias bíblicas e doutrinais que devem estar assentes na vida cristã. 

            Afirmou que “toda Igreja que não respeita Jesus Cristo, como Filho de Deus, nascido da virgem Maria, e a Bíblia como a única fé e prática, essa religião deve procurar outra plataforma”. 


            “Na ICCA, só entram aquelas organizações religiosas que têm Cristo como o Patrono do cristianismo”, salientou. Assegurou que as religiões do budismo, do islamismo, do mormonismo, entre outras, que não professam o cristianismo, não terão lugar na ICCA.
As províncias do Cuanza Sul, do Bié e da Huila, serão as próximas localidades inseridas na jornada do Reverendo Antunes Huambo, na recolha de assinaturas, no âmbito do projecto de unificação das mil e 200 Igrejas e seitas ilegais, para uma única Igreja.

Publicado em Angop

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